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Experiências

Como é bom revisitar o passado e rever alguns trabalhos que fiz a mais de 10 anos atrás, ver os caminhos percorridos, as mudanças e os rumos que tomei.
Passei do lápis para a caneta, do óleo a acrílica, do gesto e a mancha até o traço forte e a forma, do social ao surreal, tudo é experiência pessoal que a arte proporciona. Experimentar é o caminho.
Mudar de material no meio do percurso, interromper um linha que não era exata e recomeçar outra... tudo é processo.
Parti do expressionismo até o surreal, já fui mais cubista, já fui chamado até de grafiteiro chick!
Passar de um estilo a outro é uma questão de admiração, admiro a história da arte e nela se baseia o trabalho, principalmente o modernismo. A fase do pós-impressionismo até o expressionismo abstrato dos anos 50 sempre foi o período em que me espelhei, período que caoube tudo e todos, o expressionismo, o fouvismo, o surrealismo, o cubismo enfim... foi fértil e ousado, avançado, vanguarda no sentido mais forte da palavra. Eu bebi dessa fonte e bebo. Errei, acertei... tentei... o mais importante foi viver a experiência de fazer arte.

Rodrigo Martins 
19/09/13

Obras reunidas.

 

Novos rumos

Misturar o antes e o agora! Foi assim a idéia de juntar o giz pastel com a caneta, reunião que deu certo. O Giz pastel veio antes das primeiras telas, conheci o giz pastel vendo em um programa de TV chamado “A mão livre” em 1997 na TV Cultura, a semelhança com a pintura me chamou atenção, a liberdade de misturar cores, os tons e contrastes que podia alcançar, fez nascer a série “faces” de 1998 à 2002, são muitas faces expressionistas de cores fortes, faces deformadas, reconstruídas, e trabalhadas rapidamente sem esboço. Gostava da idéia gesto, do traço forte, de cores e contrastes vibrantes. Por muitas vezes expressei a tristeza e a melancolia, o tédio e o grito, a dor e o êxtase. A caneta (bem mais atual) é quase o oposto, é pensada, sentida lentamente, não diria racional, muito menos calculada, mas talvez mais organizada em formas e composição. Juntar foi trazer de volta uma parte do passado que havia ficado para trás, o giz trouxe vibração e cor, também mudei de giz oleoso para giz seco, trouxe de volta os temas noturnos, mas de uma forma mais sonhadora, inspirado em Chagall. A volta ao verde e o azul, pessoas voando com pássaros, gatos, e outros animais noturnos, e muita experimentação. Penso em fazer desenhos grandes misturando giz e caneta, o futuro pertence a experimentar e produzir, o que nascerá o tempo dirá.

Rodrigo Martins
21/09/13

Gritar

2000

Giz pastel s/ papel

 

Pássaros

2013

Giz pastel e caneta s/ apel

Os gatos

2013

Giz pastel e caneta s/ papel

  A cor e a vibração do passado se transforma na soma de materiais, experimentação que deu certo. Em breve novos rumos podem nascer dessa união entre a cor do giz e a forma da caneta.

RM

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