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Telas (Fase noturna)

As telas representam um ápice no que se diz respeito a produção de um determinado período, foi assim na fase expressionista e continua assim na fase noturna. A fase noturna começou em 2008, e teve na cor azul sua principal característica. Temas como a noite, os sonhos, as luas, representam bem essa fase, uma evolução do desenho com caneta preta, muitas vezes o traço em preto destaca o objeto da cena, isso fica mais claro quando penso comparando o abstrato e o expressionismo (fases iniciais) com a fase noturna, antes não existia a preocupação com as formas, os traços, o detalhe, tudo era expressão, gestual e mancha, assumi a figuração em quase todos os trabalhos, partindo para uma visão mais calma e reflexiva na questão da composição das cores e a composição das formas, e na formação de tema. O tema passou ser importante, a preocupação com os nomes dos trabalhos e o significado dentro de um contexto. Não era mais apenas experimentação, era formação de um conjunto de obras com títulos, e ligação mais próxima entre um trabalho e o próximo trabalho ser feito. Trabalhar de madrugada mudou meio jeito de ver e pensar a pintura. A atmosfera calma acompanhada com silêncio e sons que a madrugada trazia foram fonte de inspiração e tema, a cor e a forma foram  ferramentas. Acordei para pintar quando a maioria ainda dormia, era eu, a tela e mais nada, só o manto da noite a me acompanhar.
Rodrigo Martins
20/09/13

Luar (Alma noturna)

70X80

Acrílica s/ tela

2009

Noturno (Delírio místico)

50X80

Acrílica s/ tela

2008

Bosque (homenagem a Telma Carvalho)

60X100

Acrílica s/ tela

2009

 

Temas noturnos, luares, sonhos e muitas noites pintando fizeram uma fase mística. A evolução da caneta sobre o papel exposto em telas.

RM

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